


Mário José Almeida
Curso de Música na Universidade Luanda, em mobilidade no Instituto Politécnico de Bragança, Portugal.
Obrigado à AULP pela oportunidade de fazer parte deste projeto. Recomendo a todos que se puderem, façam mobilidade e não percam o foco do que vos trouxe a estudar noutra instituição. Para além das aulas ricas que tive com diferentes professores, participei em atividades práticas como ensaios e concertos.
As minhas aulas correram bem e ainda consegui fazer 6 cadeiras de diferentes anos. Tive algumas dificuldades em duas disciplinas por serem novas para mim e tive também dificuldades na compreensão da fala com colegas, mas ao longo do tempo fui ultrapassando.
O momento que mais gostei desta experiência foi quando cantei para um auditório, num trabalho prático. Este momento marcou-me e posso dizer que a mobilidade fez com que eu tivesse a certeza que quero ser músico.
Gabriel Jonas Matondo
Curso de Teatro na Universidade de Luanda, em mobilidade no Instituto Politécnico de Leiria, Portugal


David Miguel
Curso de Língua e Literaturas em Língua Portuguesa na Universidade Agostinho Neto, em mobilidade na Universidade de Aveiro, Portugal.
Chegou o fim da minha mobilidade e não tenho outro sentimento senão de gratidão. Não sei se fomos os primeiros, mas as pessoas ficavam surpresas por sermos estudantes Erasmus vindos de Angola.
Estar noutro país, noutra cultura e noutro ambiente estudantil foi sem sombra de dúvidas uma oportunidade única, tanto do ponto de vista pessoal quanto académico.
Da Universidade de Aveiro fica o encanto pela sua visão do ensino e dos professores, meus mestres, a naturalidade com que ministravam aulas memoráveis. Sinto-me honrado por ter aprendido com eles sobre Literatura, Linguística, Cultura e a própria vida. Fica também a memória do silêncio e dos livros das suas bibliotecas em que partilhei orgulhosamente os meus dias.
Aveiro é Veneza. Da cidade dos canais fica a imagem das suas ruas, praias, os seus museus e livrarias, mas principalmente da simpatia das pessoas. É uma cidade que abraça e pulsa a vida cultural e académica. Um encanto para se estar!
Durante a mobilidade conheci e convivi com pessoas de várias regiões do mundo com quem partilhei coisas sobre Angola, minha pátria. Dos colegas e amigos que fiz, espero voltar a encontrar nalguma parte do mundo. Em especial aos estudantes do Núcleo da CPLP com que partilhei noites de bastante conversa e intercâmbio cultural.
Escreveria muito mais, mas nada faria jus à experiência de sentir que o mundo não cabe nos meus olhos. Então estendo o convite aos interessados e, aos indecisos, a palavra de que valerá sempre a pena vivenciar tão marcante período. Foi tudo muito bom. Nunca tinha saído do meu país e não minto até ter tido algum receio da primeira vez ser justamente em Portugal, pela história. Mas em geral foi uma experiência importante para quebrar estereótipos. Acho que o melhor da minha mobilidade foi o ambiente académico, a participação real dos estudantes em várias pautas, a existência de infinitas actividades académicas e culturais…a universidade tinha sempre actividades todas as semanas, foi incrível.
Não considero um ponto negativo, mas sinto ter tido alguma dificuldade de socialização. Os estudantes já tinham as suas próprias ilhas. Mas depois muito começou a convergir, principalmente pelas discussões em sala de aula. Uma pena que foi logo no final do semestre, teria terminado muito melhor. As aulas foram incríveis. Os professores realmente sabem das coisas, mas transmitem com tanta leveza e naturalidade que é difícil não perceber. E são muito pacientes. Outra coisa é a forma como as aulas eram construídas em conjunto connosco, fazendo-os realmente partícipes. Não que nunca tivesse tido semelhante experiência, mas havia a real sensação de que afinal também sabia coisas sobre os assuntos.
Consegui fazer 6 cadeiras e tenho a certeza de que conseguirei obter equivalência de 4. As outras 2 não tenho tanta certeza, mas o meu coordenador da mobilidade em Angola já está a tratar dos assuntos para que tenha tudo resolvido até a minha volta. Resumidamente é isto, vivi, estudei, viajei e comi em Portugal.
E espero que o projecto continue para que mais colegas da faculdade consigam vir no futuro. Vê-se o mundo diferente depois desses 5 meses.
José dos Santos António
Curso de Língua e Literaturas em Língua Portuguesa na Universidade Agostinho Neto, em mobilidade na Universidade de Aveiro, Portugal
“Uma Experiência Transformadora”
Participar do intercâmbio de estudos Erasmus (ProCultura+) por seis meses foi uma das experiências mais enriquecedoras da minha vida até ao momento como académico. Desde o momento em que decidi embarcar nessa jornada, tive a plena convicção que seria desafiador e fora da perspetiva que talvez idealizasse, mas não imaginava o quanto isso transformaria minha visão do mundo académico diferente da minha realidade. O ambiente estudantil em Portugal concretamente na cidade de Aveiro me fez perceber e vivenciar momentos dos quais só tinha observado em filmes e seriados televisivos.
Logo ao chegar, enfrentei o desafio de me adaptar a uma nova cultura, estilo de vida e até mesmo à língua, isto, porque existem categoricamente determinadas diferenças entre o português de Angola e de Portugal, sem esquecer da variação linguística que difere uma da outra regionalmente. Fora desse aspeto, no início, tudo parecia intimidante devido a certos fatores: começando pelas diferenças culturais, aprendi muito sobre a cultura portuguesa graças aos colegas e amigos que fiz bem como pelo povo aveirense que demostravam bastante hospitalidade. Outro fator, foi o ritmo acelerado das aulas, que por exemplo em Angola a carga horária diária era de 5 horas com interrupção (incluindo simplesmente o período matinal) começando às 8h30 e terminando às 13h, já em Portugal diferentemente a carga horária foi de 8 a 9 horas com interrupção (incluindo todo período diurno), sendo que as aulas começavam às 9h e terminavam às 18h. Por último, o clima, foi sem dúvidas um enorme desafio enfrentar o tempo cá, vindo de um país quente e a transição climática muitas das vezes era complicado de gerir, porém, no final me adaptei até ao momento que escrevo este testemunho. No entanto, com o passar do tempo, essas dificuldades se tornaram oportunidades de aprendizado, aos poucos, comecei a me sentir parte daquela comunidade estudantil e a perceber que, mesmo sendo de lugares diferentes, temos muito em comum até porque a história de Angola não difere muito das raízes portuguesas e o que nos une transcende muitas barreiras.
Durante o intercâmbio, aprendi não apenas conteúdos académicos, também habilidades como resiliência, empatia e independência. Consegui fazer amizades com pessoas de diferentes nacionalidades o que me ajudou a compreender e respeitar perspetivas distintas, algo que levarei para toda a vida.
Além disso, tive a oportunidade de explorar lugares incríveis e viver experiências únicas, como participar de festivais locais, o tradicional batismo dos calouros e as boas-vindas aos estudantes internacionais. Experimentei novos pratos e até anotei algumas receitas de modo que, assim que bater a saudade da gastronomia portuguesa possa experimentar, provei o famoso ovos moles de Aveiro e a tripa de Aveiro, doces típico da região recheado com ovos moles, chocolate, também conheci pontos turísticos que só via em fotos e pela televisão, como o passeio de moliceiro pelos Canais de Aveiro, Centro histórico de Aveiro, Casas coloridas da Praia da Costa Nova, Museu de Aveiro, a Praia da barra em Ílhavo e muitos outros pontos que por agora a memória lembra vagamente.
Cada uma dessas vivências contribuiu para expandir significativamente meus horizontes e fortalecer minha gratidão por essa oportunidade proporcionada pelo Programa Erasmus através da ProCultura+.
Hoje, ao olhar para trás, percebo o quanto cresci como pessoa. O intercâmbio me ensinou que sair da zona de conforto é essencial para o crescimento pessoal, académico e futuramente o profissional. Foi uma experiência que me preparou para encarar novos desafios com mais confiança e determinação se assim posso dizer, embora, lamento bastante o curto espaço de tempo que durou e passou de maneira que ainda sinto que deveria ter aproveitado mais, no final resta apenas lembranças e guardar na memoria de forma a eternizar estes momentos incríveis.
Conselho
Aproveito as linhas desse testemunho para dar o meu conselho a todos aqueles que estão pensando e idealizando em fazer um intercâmbio: vá com o coração e a mente livre e não deixe que pensamentos de insegurança e desconfiança de como tudo será vos assolem e desmotivem. A jornada pode ser desafiadora, mas os aprendizados e as memórias valem cada momento.
Agradecimentos
Gostaria muito de agradecer por intermedio desse testemunho em primeira instância à Erasmus+ and European Solidarity Corps, Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), Instituto Camões, Universidade de Aveiro (UA), Universidade Agostinho Neto (UAN) e, especialmente a todos professores do Departamento de Línguas e Cultura(DLC, UA), sobretudo a todos professores que estiveram a par da realização desta mobilidade. Na Universidade de Aveiro Professor Doutor João Paulo Silvestre, Professora Doutora Rosa Lídia Coimbra e na Universidade Agostinho Neto, Pró-Reitor para Cooperação, Doutor Sabino Ferreira do Nascimento, Senhor Decano da Faculdade de Humanidades, Doutor Feliciano dos Santos Moreira Bastos, serei eternamente grato a todos que tornaram possível esta oportunidade ser um ato de realização concreta.



Edilene Margarida da Cruz
Curso de Biologia na Universidade de Cabo Verde, em mobilidade na Universidade de Évora, Portugal
Cheguei à minha ilha com muita alegria e gratidão. Gostaria de expressar a minha mais sincera gratidão pela oportunidade única de participar do programa da mobilidade. Esta experiência representa uma etapa importante na minha trajetória académica e pessoal. Permitiu-me expandir os meus horizontes, adquirir novos conhecimentos, conhecer pessoas incríveis e viver experiências enriquecedoras que levarei para sempre comigo.
Agradeço pelo apoio e pela dedicação de toda a equipa ao longo deste processo que tornou possível esta jornada inesquecível. Todo o acompanhamento e orientação que recebi foram essenciais para me sentir preparada para essa jornada.
Sei o quanto o trabalho de vocês é essencial para que estudantes como eu possam viver oportunidades tão significativas, e espero que saibam o impacto positivo que causam na vida de tantos participantes. Mais uma vez, muito obrigada por tudo! Espero que possamos nos reencontrar no futuro.
Cleidmara Patrícia Rosario da Cruz
Curso de Línguas, Literaturas e Culturas da Universidade de Cabo Verde, em mobilidade na Universidade de Coimbra, Portugal
Estive na terra de Camões por 5 meses, não perdi um olho, mas perdi muitos abraços da família pela primeira vez. Durante a minha vida literária, eu li muito sobre a saudade nos escritores cabo-verdianos, mas eu achava que era puro exagero porque, claro, eles têm licença poética para isso, podem ser exacerbados o quanto quiserem. Entretanto, paguei com a minha descrença. Os melhores abraços, beijos e olhares são os carregados da ânsia do ver e do sentir e, com este tempo em que estive fora, consegui depois abraçar com saudade, beijar com fervor e olhar com ternura para os meus. Degustei da ânsia de ser uma assassina da saudade, mas isto é só um lado da estação, o da partida, o dos que ficam.
O outro lado é o de lá, de onde fui, de onde estive, do lugar onde vivi uma das experiências que, com certeza, não me hei de esquecer de forma alguma em toda a minha vida. Foi a primeira vez que saí de debaixo das saias da minha mãe, para um lugar completamente desconhecido, para o “novo mundo”, onde eu tinha o dinheiro da bolsa e o Google Maps (e, mesmo assim, consegui a proeza de me perder pelas ruas de Coimbra, mas isto é assunto para outra hora). Por ser a mudança mais abrupta da minha vida, até o que tinha protagonismo na minha cabeça eram os “ses” e os “serás”. Se eu conseguiria me desenrascar, gerir o meu dinheiro, será que esta seria uma decisão adequada para a minha vida académica? Porque as minhas maiores preocupações eram a este nível, pois, pessoalmente, eu sabia que voltaria ainda mais rica por juntar ainda mais essas duas culturas que são minhas. Cheguei numa época em que Coimbra estava a perder as suas folhas, e o verde dava lugar para que o castanho pintasse as poucas folhas enfraquecidas das árvores.
Estar naquela cidade é mergulhar em um oceano de história, monumentos erguem-se como guardiões silenciosos. Eu, tão pequena diante da grandeza do passado, vivi à sombra do Portugal dos Pequenitos, como se o destino o houvesse moldado para mim – diziam-me que ali era o meu reino, por conta da minha estatura miúda. Bastava o tempo de uma gota de água salgada sair do olhas e alcançar o queixo para chegar a Quinta das Lágrimas, onde o amor e a tragédia se entrelaçaram em versos eternos. Poucos passos e meus pés tocavam o chão sagrado do Convento de São Francisco, onde o silêncio ainda carregava preces antigas.
O tempo fluía, como um rio de memórias. Oh! Rio, o Mondego com o seu arco de águas, não pode deixar de ser mencionado, pois era por onde eu passava todos os dias para alcançar a Universidade, que ficava imponente lá em cima do morro. Mal posso descrever o quanto fiquei abismada e maravilhada com a sua grandeza.
Quando se chega à Universidade de Coimbra, pergunta-se quem são, o que fazem, o porquê das suas vestes. Bem, estas questões são respondidas logo cedo, quando começam a cantar sátiras do seu quotidiano académico à porta da Faculdade de Letras ou fazem-se ouvir e ser vistos por toda a Baixa, ao som de fados de arrepiar.
Bem, os sinos da Sé já começam a soar, por isso penso ser hora de ficar por aqui, com os meus sinceros agradecimentos à AULP por me ter dado a oportunidade de vivenciar tais maravilhas, por ter permitido que Coimbra me abraçasse e que eu caísse de cabeça nesta experiência.
Obrigada à Universidade de Coimbra, que me acolheu. Aos professores que preencheram o meu cérebro com os seus ensinamentos, aos que tive a oportunidade de ficar um pouco mais íntima. E muito obrigada a todos vós da AULP, que fizeram com que a minha vida académica saísse tanto da rotina e me proporcionaram uma experiência cultural tão única.
Se eu puder deixar uma recomendação, seria: façam, só façam. Candidatem-se e vivam.



Júnior da Silva
Curso de Língua Portuguesa na Escola Normal Superior de Tchico-Té, em mobilidade na NOVA, Portugal
Realizar a mobilidade através do programa Procultura+ foi uma das melhores decisões que já tomei para o meu crescimento académico e desenvolvimento pessoal. Na Nova encontrei uma família, vivi um sonho e adquiri experiências enriquecedoras ao lado de estudantes de diferentes nacionalidades.
Esta jornada não apenas ampliou os meus horizontes académicos, mas também me proporcionou vivências que levarei para toda a vida. Sou imensamente grato à AULP por abrir portas e me permitir trilhar este caminho de conhecimento e transformação durante um semestre.
Se há uma lição que aprendi com essa experiência, é que devemos sempre apostar em nossos sonhos e abraçar as oportunidades que nos fazem crescer. A mobilidade com a AULP não foi apenas uma etapa académica, mas sim um marco na minha jornada pessoal.
Quintino Tamba
Curso de Língua Portuguesa na Escola Normal Superior de Tchico-Té, em mobilidade na Universidade Nova de Lisboa, Portugal
É com prazer enorme que aproveito este meio para expressar o meu profundo agradecimento à Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) pela oportunidade de ter sido contemplado com uma bolsa de estudo, que não apenas ampliou os meus horizontes académicos, como também possibilitou a troca enriquecedora de saberes entre diferentes realidades socioculturais.
Durante o período em que pude usufruir dessa bolsa, na Universidade Nova de Lisboa (FCSH), tive grande oportunidade de interagir, mediante à metodologia do ensino da instituição, que privilegia a discussão, fomentando um ambiente de aprendizagem dinâmica, com um corpo docente altamente qualificado e com uma diversidade de estudantes oriundos de partes distintas do mundo, o que, de facto, me proporcionou inúmeras expriências académicas. A bolsa não foi apenas um apoio financeiro, mas um incentivo ao meu crescimento intelectual e pessoal. Sinto-me honrado por isso.
Por fim, gostaria de reiterar minha gratidão à AULP por acreditar em meu potencial e por me proporcionar uma experiência tão enriquecedora. Levarei os conhecimentos adquiridos e as memórias dessa jornada para toda a vida, e espero, no futuro, poder retribuir de alguma forma o apoio que recebi, contribuindo para a educação e o desenvolvimento de outras pessoas.



Hortência Sueiro Mate
Curso de Arqueologia e Gestão do Património Cultural da Universidade Eduardo Mondlane, em mobilidade na Universidade do Algarve, Portugal.
Tive a oportunidade de realizar um período de mobilidade académica na Universidade de Algarve, em Portugal, através de uma bolsa ProCultura+ da AULP onde, durante cinco meses, vivi uma experiência transformadora, tanto no âmbito académico como pessoal.
Participei em aulas ministradas no campus de Gambelas, onde foram abordados temas relevantes para minha formação académica, utilizando metodologias de ensino diferentes das que estava habituada e que ampliaram minha visão. O contacto com professores e colegas de diferentes nacionalidades enriqueceu a minha compreensão sobre os desafios globais na preservação cultural.
Viver em Faro exigiu que eu desenvolvesse habilidades como independência, adaptação e resiliência. Foi um desafio! A convivência com pessoas de diferentes culturas, a adaptação aos diferentes métodos de avaliação e até de situações do quotidiano. Cada experiência contribuiu para o meu crescimento. Acrescento que contar com o apoio da equipa de relações internacionais da UAlg foi essencial para que eu me sentisse integrada e segura neste novo ambiente.
Estes meses em mobilidade proporcionaram-me uma aprendizagem que vai muito além das salas de aulas. Enriqueceram a minha formação académica, ampliaram a minha rede de contactos profissionais e consolidaram a minha visão global sobre a importância da preservação do Património Cultural.
A mobilidade foi um marco decisivo na minha trajectória, reforçou a minha paixão pela área e guiou os meus próximos passos como Futura gestora do Património Cultural.
Lino Calebe Magaia
Curso de Cinema no ISArC, em mobilidade na Universidade Católica Portuguesa, Porto.
Após a minha enriquecedora experiência de mobilidade em Portugal, onde tive a oportunidade de aprofundar os meus conhecimentos em cinema e som, fui convidado pelo ISArC para partilhar essa expriência com os alunos da minha universidade, enquanto professor. É uma honra e um privilégio poder dar aulas sobre a importância do som na cinematografia.
Através de discussões teóricas e práticas, tento instigar a imaginação dos meus alunos, permitindo que compreendam não apenas a técnica, mas também a emoção que o som pode transmitir. Durante as aulas, abordamos diversos aspectos técnicos, como a escolha dos microfones e o manuseio adequado dos cabos. A prática é fundamental. Por isso, realizamos exercícios que simulam situações reais de gravação. Essa abordagem prática permite que os estudantes se sintam mais confiantes e preparados para enfrentar desafios no campo cinematográfico.
Acredito que essa troca de experiências entre o que aprendi em Portugal e o que ensino aqui no ISArC é vital para o desenvolvimento dos alunos. Estou comprometido em inspirá-los a explorar novas possibilidades sonoras e a mostrar o impacto que o som pode ter na narrativa cinematográfica.
O feedback que recebo dos alunos é extremamente positivo. Eles mostram-se cada vez mais engajados e curiosos sobre como o som pode transformar uma cena. É gratificante ver como eles conseguem imaginar e criar novas possibilidades sonoras para as suas produções. Obrigada pela oportunidade, AULP.


Michael Tetine
Curso de Teatro da Universidade Eduardo Mondlane, em mobilidade no Instituto Politécnico de Leiria, Portugal.
Gostava de partilhar como tem sido verdadeiramente transformadora a minha experiência de mobilidade na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR). Desde o momento da minha chegada, fui acolhido por uma comunidade vibrante e inspiradora, que me ofereceu um ambiente propício ao meu desenvolvimento académico, criativo e pessoal. A ESAD.CR não é apenas uma instituição de ensino, mas sim um espaço para a inovação e para a troca de ideias, onde cada dia me desafiei a assumir novas perspetivas e a expandir os meus horizontes.
Durante esta jornada, tive a oportunidade de me dedicar profundamente em alguns trabalhos desafiadores, trabalhar em colaboração com colegas e professores de diferentes formações, e viver uma abordagem educacional que valoriza quer a técnica quer a criatividade. Para além do envolvimento nas aulas, a própria experiência cultural de estar em um espaço tão diverso foi igualmente enriquecedora. Conviver com pessoas de todos os cantos do mundo, desde Portugal, Angola, Brasil, Turquia, Espanha, entre vários outros, me proporcionou aprendizados e lições que vão muito além das paredes da sala de aula, dando-me uma nova perspetiva sobre o mundo que nos rodeia e o nosso papel enquanto artistas neste espaço.
Mas, é claro, nada disso teria sido possível sem o apoio prestado pela AULP. Portanto, gostava de expressar a minha mais profunda gratidão a esta instituição que acreditou no meu potencial e que me permitiu vivenciar algo tão incrível. O apoio, tanto financeiro, quanto administrativo prestado foi fundamental para que eu pudesse dedicar-me totalmente a esta experiência, permitindo-me focar na aprendizagem e na imersão cultural. É inspirador ver o empenho da AULP em apoiar a mobilidade académica e reforçar os laços entre instituições e estudantes de diferentes países.
Esta experiência não apenas moldou a minha trajetória académica, mas também enriqueceu o meu desenvolvimento pessoal, reafirmando o significado da cooperação internacional e o valor da troca de saberes. Levo comigo não apenas conhecimentos novos, mas igualmente memórias inesquecíveis e conexões valiosas que, certamente, continuarão a impactar a minha vida no futuro.
Muito obrigado/ Kanimambu.


Esmeralda de Oliveira Ramos
Curso de Língua Portuguesa na Universidade Nacional Timor Lorosa’e, em mobilidade na Universidade do Porto, Portugal
Durante a minha mobilidade tive a oportunidade de vivenciar novas culturas e expandir os meus horizontes, tanto profissionais como pessoais. O que mais gostei foi a troca de conhecimentos e a convivência com pessoas de diferentes países, o que me permitiu aprender de maneira imersiva. A experiência correu muito bem, com uma adaptação rápida ao novo ambiente e desafios que me ajudaram a crescer. Além disso, pude desenvolver novas habilidades que, certamente, serão úteis na minha carreira profissional e vida pessoal.
Por fim, fico muito feliz porque visitei lugares que conhecia desde criança, tais como: Santuário de Fátima, Rio Douro e a famosa Ponte Dom Luís, Bom Jesus Braga, entre outros.
Agradeço muito à Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) pela criação do ProCultura+, bem como à Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e ao Departamento de Língua Portuguesa da UNTL. Através de vocês, pude pisar, estudar e deixar as minhas pegadas na terra distante onde o meu pai sonhava em continuar os seus estudos e na terra que conhecia desde a minha infância através da televisão e dos livros.
Atualmente sou professora de língua portuguesa privada em Timor-Leste para alguns estudantes de ensino básico e ensino secundário. A mobilidade teve muito impacto positivo na minha vida pessoal e profissional.